Segundo o semanário Expresso, de 13/7/2019, “o ministro das Finanças, Mário Centeno, discorda da reintrodução da exclusividade para os médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Essa é uma hipótese que tem sido apontada pelo PS e pelos seus parceiros à esquerda, e que estará prevista na nova Lei de bases da Saúde, se esta for aprovada com a última redação negociada no Parlamento por socialistas, PCP e BE. É também um caminho defendido pela ministra da Saúde, Marta Temido, que esta semana voltou a fazer declarações apontando nesse sentido. E é uma reivindicação assumida abertamente por anteriores ministros da Saúde socialistas, como Adalberto Campos Fernandes e Correia de Campos. Mas conta com a oposição frontal de Mário Centeno.”
Por outro lado, a actual ministra da Saúde pretende limitar o número de especialistas, quando há muitas especialidades médicas com profundas carências de médicos devidamente qualificados. Segundo o Público de 16/6/2019, este ano poderão ficar “cerca de 700 clínicos sem vaga para a formação especializada”.
Afinal, que “Serviço Nacional de Saúde” quer a actual equipa governativa reservar à população portuguesa?
Só a mobilização dos profissionais da Saúde, com as suas organizações e em conjunto com as associações de utentes, pode impor o retorno a um Serviço Nacional de Saúde que esteja, de facto, ao serviço de toda a população portuguesa.