Como impedir a destruição do SNS?

Milhares de pessoas manifestam-se em Getafe, em Espanha, contra o fecho de urgências.

Não será este o caminho que devemos trilhar em Portugal?

O Governo paga 22 milhões de horas a tarefeiros, por 3 vezes mais do que aos médicos do SNS.

Mantendo a estratégia dos anteriores governos, esta e outras decisões do Governo levaram centenas de médicos e enfermeiros a abandonar o SNS.

Este Governo também é responsável por esta situação. Nada fez para estancar esta hemorragia.

Os profissionais de Saúde estão exaustos, sentem-se maltratados, desprezados, cansados de alertar o Governo e a tutela para o desastre a que esta política está a conduzir o SNS.

O Governo, impassível, mantém o rumo.

As urgências fecham. A ministra da Saúde diz que “o Governo não faz escalas”.

A ministra insinua que o problema resultaria da incompetência das chefias hospitalares (que não sabem fazer escalas), como se a causa do problema não fosse a falta de médicos, que têm sido empurrados, pelo Governo, para fora do SNS.

A ministra ousa insinuar que o problema se deveria a uma incapacidade administrativa, como se alguém pudesse fazer escalas sem profissionais!

O Governo é o responsável pela fuga de profissionais do SNS, porque não lhes quer pagar o que deve.

Já todos percebemos que, voluntariamente, o Governo não o irá fazer.

Em Getafe, na nossa vizinha Espanha, a autarquia e os Sindicatos apelaram a população a mobilizar-se para exigir a defesa do seu Centro de Saúde.

Tal como em Getafe, em Portugal é indispensável mobilizar a força (a população e dos profissionais de Saúde) capaz de salvar o SNS da sua destruição!

Médicos para “usar e deitar fora”?

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Segundo o semanário Expresso, de 13/7/2019, “o ministro das Finanças, Mário Centeno, discorda da reintrodução da exclusividade para os médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Essa é uma hipótese que tem sido apontada pelo PS e pelos seus parceiros à esquerda, e que estará prevista na nova Lei de bases da Saúde, se esta for aprovada com a última redação negociada no Parlamento por socialistas, PCP e BE. É também um caminho defendido pela ministra da Saúde, Marta Temido, que esta semana voltou a fazer declarações apontando nesse sentido. E é uma reivindicação assumida abertamente por anteriores ministros da Saúde socialistas, como Adalberto Campos Fernandes e Correia de Campos. Mas conta com a oposição frontal de Mário Centeno.” Continuar a ler