UCRÂNIA: A ordem e as desordens

As trincheiras na Ucrânia parecem as da Primeira Guerra mundial de 1914-1918.

A “ordem” norte-americana significa desastres globais para todos os povos. As guerras multiplicam-se na Europa, no Médio-Oriente e em África. Para sobreviver, o imperialismo provoca desordens mundiais e guerras.

Os EUA apresentam-se como o polícia do mundo, mas têm grandes dificuldades para preservar a ordem mundial. As contradições da classe dominante nos EUA estão ligadas ao medo de uma explosão da economia norte-americana e mundial.

O facto de as três grandes empresas norte-americanas do sector do automóvel terem cedido nos aumentos salariais é uma indicação do terror que se apoderou da classe dominante dos EUA.

A Câmara dos Representantes votou a favor da ajuda financeira ao Estado de Israel, mas reservou a sua decisão sobre a ajuda financeira adicional para a Ucrânia, que Biden tinha proposto. Zelensky está constantemente a exigir mais armas e mais dinheiro. E ele está, martela, determinado a levar a guerra até ao fim.

A guerra até ao fim significa, em cada dia, a morte de centenas de Russos e de Ucranianos, e outras tantas centenas de feridos. O repúdio por esta guerra assassina está a crescer entre os Russos e os Ucranianos.

Sabia-se que dezenas de milhares de Russos tinham fugido da mobilização, refugiando-se fora da Rússia. Ficámos agora a saber que, de acordo com oficiais ucranianos, “dezenas de milhares” de Ucranianos partiram para o estrangeiro.

Enquanto isso acontece, nos Cárpatos – na zona da fronteira com a Roménia – os guardas fronteiriços ucranianos estão a caçar desertores. Esses desertores têm razão em recusar ir para a frente de batalha!

A guerra tem de acabar! Tem de ser parado o fornecimento de armas!

Crónica, da autoria de Lucien Gauthier, publicada no semanário francês “Informations Ouvrières” – Informações operárias – nº 781, de 1 de Novembro de 2023, do Partido Operário Independente de França.

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