Venezuela: Maduro negoceia com um sector da oposição

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Transcrevemos um artigo, da autoria de Alberto Salcedo (Maracaíbo), saído no jornal “O Trabalho” – cuja publicação é da responsabilidade da Secção brasileira da 4ª Internacional – na sua edição nº 854, de 19 de Setembro de 2019.

Trump e os seus lacaios invocam o Tratado que permite intervenção militar estrangeira

A 11 de Setembro, a Organização dos Estados Americanos (OEA) adoptou uma Resolução para activar o Tratado Inter-americano de Assistência Recíproca (TIAR) contra a Venezuela, numa ameaça de intervenção militar estrangeira no país. O TIAR é uma herança da “guerra fria”, tendo servido de cobertura para intervenções militares na América Latina, em nome do combate “ao comunismo”. Continuar a ler

Defesa da soberania da Venezuela. Trump tira as garras da Venezuela!

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No dia 8 de Agosto, em todas as cidades da Venezuela, centenas de milhares de trabalhadores, camponeses e populares manifestaram-se contra a infame decisão da Administração de Trump.

Com efeito, a 5 de Agosto, Donald Trump assinou uma “ordem executiva” (uma espécie de decreto presidencial), através da qual são “impostas sanções de bloqueio total a activos da Venezuela, na nossa jurisdição e se autorizam sanções contra pessoas estrangeiras” – quer dizer, não só se apoderam dos activos  da nação venezuelana, como ameaçam sancionar os países ou empresas que negoceiem com a Venezuela. Recordemos que a PDVSA (1) tem uma filial nos EUA (a CITGO) que comercializa 14% do petróleo que se consome nesse país. Continuar a ler

Venezuela: fracassa nova tentativa de golpe

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Mas a situação continua tensa, exigindo medidas efectivas por parte de Maduro (1).

Ao longo de todo o dia 30 de Abril, desde as 6 horas da manhã – quando o “auto-proclamado” Guaidó, acompanhado do líder do seu partido (Vanguarda Popular) Leopoldo López, que escapou da sua prisão domiciliar, anunciaram o “fim de Maduro” e que as Forças Armadas estavam do seu lado, até ao fracasso dessa nova tentativa de golpe no país vizinho, confirmada pelo pedido de asilo de militares e do próprio Leopoldo em embaixadas – estivemos em contacto com companheiros venezuelanos do Colectivo Trabalho e Juventude (membro do Acordo Internacional dos Trabalhadores e dos Povos – AIT), como o deputado constituinte Raúl Ordoñez, que nos enviaram mensagens dando conta da situação em Caracas e noutros pontos da Venezuela. O que nos permitiu ter um quadro mais fiel dos acontecimentos no país, que nos grandes meios de comunicação eram vergonhosamente falsificados e manipulados. Continuar a ler