
Os 220 milhões de euros – que o clube Al-Nassr, da Arábia Saudita, pagou por Ronaldo – constituem o maior valor pago até agora numa transferência futebolística.
Como disse a filósofa estadunidense Madonna, “We’re living in a material world” (Vivemos num mundo materialista) e “Ronaldo is a material boy” (Ronaldo é um rapaz materialista) .
Cristiano Ronaldo e a sua parasitária entourage optam por ir ganhar dinheiro para uma teocracia (1), conluiada com o imperialismo decadente.
Não há cá Sporting nem Liga nacional. O que interessa é o pilim.
Esta é uma excelente lição para os deslumbradinhos endeusadores de pessoas que se comportam de forma absolutamente coerente com os padrões capitalistas. Isto não diz nada acerca de Ronaldo, assim como nada dizem os seus Rolls-Royces e outros devaneios. É um homem “do seu tempo”.
Que se ache que o indivíduo representa Portugal é que é lamentável. Se Portugal for o consumismo, o amor ao dinheiro, o individualismo e a ilusão da meritocracia, então representará, de facto. Se Portugal for qualquer outra coisa, então não representa. Estejam, no entanto, à vontade para se sentirem representados.
——————————————-
(1) Para o Principado Saudita basta uma subida de 2 ou 3 cêntimos de subida no preço do petróleo para pagarem o negócio.
Adaptado de um post do Facebook