LULA PRESIDENTE DE NOVO, COM A FORÇA DO POVO!

O “Diálogo e Acção Petista” (1) publicou uma Declaração, no seguimento da 2ª volta das eleições presidenciais no Brasil, que termina assim (2):

«Nós, do Diálogo e Acção Petista, estamos orgulhosos: participámos, com toda a nossa energia, nesta jornada histórica e heróica do povo brasileiro. Ao longo dessa campanha eleitoral levantámos 13 reivindicações urgentes, que recordamos agora e pelas quais estamos dispostos a lutar:

1 – Aumento geral e imediato dos salários

2 – Congelamento dos preços da cesta básica (cabaz de compras)

3 – Defesa da Eletrobras, volta do monopólio da Petrobras e revogação dos despachos sobre as OSs (Organizações Sociais de Saúde)

4 – Revogação incondicional da reforma laboral

5 – Revogação da reforma da Previdência (Segurança Social)

6 – Revogação do tecto de gastos, recomposição das verbas para a Educação, a Saúde e a Cultura

7 – Fim da tutela militar (art. 142), desmilitarização das PMs (Polícias Militares)

8 – Reforma agrária com financiamento, assistência e distribuição

9 – Demarcação das terras indígenas sem restrição

10 – Titulação dos quilombos rurais e urbanos (3)

11 – Despejo zero, construção de moradias populares

12 – Direito à Autodeterminação dos povos

13 – Vamos discutir a reconstrução e a transformação do Brasil, pela Assembleia Constituinte com Lula!

Apelamos a todas e todos a se filiarem no PT, e organizarem-se em conjunto connosco no Diálogo e Acção Petista para continuarmos este combate nos nossos sindicatos, instituições e movimentos populares, para continuarmos a enfrentar o bolsonarismo e a batalhar para que o Governo que ajudámos a eleger satisfaça as reivindicações populares.

Na Avenida Paulista, no dia 30 à noite, frente a centenas de milhares, Lula disse: “Espero nunca trair os sonhos de vocês”. Que assim seja!

A força do povo elegeu Lula de novo!

Viva a luta do povo brasileiro!

Comité Nacional do Diálogo e Ação Petista

31 de outubro de 2022»

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(1) O “Diálogo e Acção Petista” (DAP) é um movimento de base do Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil, que combate para que o PT retome o caminho das suas origens. Os militantes da Corrente “O Trabalho” (Secção brasileira da 4ª Internacional) do PT participam no DAP.

(2) A versão integral deste comunicado pode ser vista em

3) O direito das comunidades quilombolas às terras onde estão localizadas é garantido pela Constituição Federal de 1988, conforme o seu Artigo 68, “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.”

30 de Outubro: ganhar e fazer valer o resultado do voto!

Transcrevemos o Editorial do jornal “O Trabalho” – órgão de imprensa da Secção brasileira da 4ª Internacional – nº 908, de 8 de Outubro de 2022.

A 1ª volta mostrou, como cantou Cazuza, que estamos “por um triz, pró dia nascer feliz”. Estamos por um triz, ainda não chegámos lá, mas vamos chegar!

Nas próximas semanas é organizar a militância para ir às ruas e conversar com o povo trabalhador para vencermos, com força, a 2ª volta. Ganhar e poder governar correspondendo às expectativas dos 57,2 milhões que já votaram em Lula em 2 de Outubro e dos novos milhões de Brasileiros e Brasileiras que votarão porque querem ver-se livres da trágica situação para que está sendo empurrada a maioria oprimida. É preciso livrar o país do Governo que tirou a comida da mesa, derreteu os direitos e conquistas, desmantela os serviços públicos, privatizou o Orçamento da União para os seus comparsas no Congresso, numa ameaça permanente à democracia.

Todo o apoio para eleger Lula é, por certo, bem-vindo. Mas sem cair no canto das sereias que não querem Bolsonaro, mas se dão muito bem, obrigado, com a política do seu Governo.

Na segunda-feira, após a 1ª volta, a Bolsa subiu e o dólar caiu. Foi o mercado a comemorar o que viu como uma chance para tentar colocar uma camisa-de-forças no novo Governo que virá, porque para o povo é de facto preciso reconstruir e transformar o Brasil.

A revogação das medidas draconianas, como: a reforma laboral, para recuperar empregos com direitos; o fim do tecto de gastos, para recuperar e avançar em políticas sociais e nos serviços públicos, como a Saúde e a Educação (agora mesmo, há reitores a alertar que as universidades federais podem fechar as portas por falta de verbas); a recuperação de empresas estatais, como a Eletrobrás; ou o fim das benesses ao agro-negócio depredador e do avanço contra os povos indígenas e quilombolas – é destas medidas que a maioria do povo precisa e são elas que o mercado não quer.

Mas, como já disse Lula, “o mercado não vota”, ao contrário do povo, e milhões votarão 13 (*), a 30 de Outubro, porque querem uma vida melhor. E é com eles e para eles que vamos expulsar o arruaceiro do Planalto.

Este é um primeiro passo, pois os obstáculos avolumam-se. Por exemplo, o novo Congresso Nacional agora eleito é o mais reaccionário de todos, com o reforço do número de parlamentares bolsonaristas. Como demolir esta verdadeira muralha que se ergue contra os interesses do povo, a não ser com a força da mobilização popular?

A batalha das próximas semanas combina a procura do voto em Lula com a construção de uma força que permita sustentar um Governo de reconstrução e transformação.

Como diz uma mensagem de Lula (em 2002), “bote essa estrela no peito, não tenha medo ou pudor” e vamos conversar com o povo trabalhador!

Vamos exigir, com força, medidas de emergência – como o reajuste geral dos salários, a começar pelo salário mínimo, o congelamento dos preços da cesta básica (cabaz de compras), a proibição dos despejos –tudo medidas que dizem respeito às condições concretas de vida do povo. E também aquelas medidas

necessárias para conquistar uma verdadeira democracia, como o fim da tutela militar (garantida na Constituição, no seu artigo 142) que nestas eleições se escancarou, de maneira indecorosa, com os milicos (militares) a imiscuírem-se em assuntos que não lhes dizem respeito.

É com a força do povo trabalhador, e não com o estabelecimento de alianças sem fronteiras, com propostas

concretas para os oprimidos, e não apenas com a herança do passado ou cedendo às pressões do mercado, que podemos cravar uma vitória, a 30 de Outubro, que corresponda às expectativas que ela representará.

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(*) Trata-se da localização do PT nas listas candidatas.

Eleições no Brasil: No dia 30 de Outubro, consolidar a vitória!

Lula é o vencedor da 1ª volta das eleições presidenciais de 2022. Depois de ser impedido de participar nas eleições de 2018, com uma condenação absurda e uma prisão de 580 dias, Lula ressurge como o depositário das esperanças populares: satisfação das reivindicações mais urgentes, reconstrução e transformação do país.

Faltou pouco mais de 1% dos votos válidos para que a eleição fosse decidida de vez, já neste dia 2 de Outubro. Mas é possível e necessário garantir a vitória, nestas quatro semanas de campanha, e evitar que Bolsonaro, os seus generais e comparsas continuem a obra de destruição da Nação.

A militância do Partido dos Trabalhadores (PT) e demais partidos populares certamente entrarão em campo. No dia 30 de Outubro, é voto 13 (1).

Saudamos a vitória dos candidatos do PT a governador(a) no Ceará (Elmano de Freitas), Piauí (Rafael Fonteles) e Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra, reeleita), bem como a eleição de muitos deputados federais e estaduais do PT por todo o Brasil.

Em 4 Estados, o PT vai disputar a 2ª volta para governador. É voto 13 em Haddad (São Paulo), Décio Lima (Santa Catarina), Jerônimo (Bahia) e Rogério Carvalho (Sergipe).

Betão reeleito

O companheiro Betão foi reeleito deputado estadual em Minas Gerais, com mais de 60 mil votos. Betão foi apoiado pelo Diálogo e Acção Petista (2).

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(1) Trata-se da localização do PT nas listas candidatas.

(2) O “Diálogo e Acção Petista” (DAP) é um movimento de base do PT, que combate para que o PT retome o caminho das suas origens. Os militantes da Corrente “O Trabalho” (Secção brasileira da 4ª Internacional) do PT participam no DAP.