16 de Março, em Madrid: dezenas de milhar de manifestantes exigem libertação dos prisioneiros catalães

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Ao apelo de partidos no centro de Madrid. Durante toda a tarde, dezenas de milhar de manifestantes – na sua maioria provenientes da Catalunha – gritaram: “Liberdade para os presos catalães! Este processo é uma fraude!

Recordemos que o Processo contra doze dirigentes políticos catalães – acusados, entre outras coisas de sedição e de rebelião – está actualmente em curso no Supremo Tribunal de Madrid. Ao longo de todo este Processo, ficou demonstrado que tais delitos não existem, tratando-se pelo contrário de sancionar os militantes catalães e de ameaçar todos os direitos democráticos arrancados em Espanha, depois da morte de Franco.

É por esta razão que o combate contra este Processo – assim como pela revogação do Artigo 315.3 do Código Penal (que permite a repressão anti-sindical) e da Lei-mordaça (que limita, em particular, o direito de manifestação) – irá prosseguir em todo o país.

Pela libertação dos dirigentes republicanos catalães!

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A 26 de Janeiro realizou-se em Madrid um comício internacional onde participou uma dirigente do POUS, Carmelinda Pereira, que declarou nomeadamente:

“Os trabalhadores e os militantes operários portugueses são muito sensíveis aos ataques aos direitos democráticos de que são vítimas os militantes da Catalunha encarcerados pela lei da Mordaça, uma das leis que continua a vigorar no Estado espanhol, no quadro da Constituição franquista.

A FENPROF – maior federação sindical dos professores portugueses de que faço parte – aprovou, em Encontro Nacional e por proposta assumida pelo seu Secretário-Geral, a defesa do direito do povo catalão poder escolher livremente o seu destino.

Em Portugal, muitos outros sindicatos e militantes se têm pronunciado pela libertação imediata dos presos políticos da Catalunha, bem como deputados da Assembleia da República (AR), tal como o testemunha a mensagem enviada a este Encontro, pelo deputado do BE, João Vasconcelos. Continuar a ler

Espanha: Direita franquista encarniçada contra medidas do governo do PSOE

Governo espanhol

Declaração da Redacção de Informação Operária, tribuna livre da luta de classes no Estado espanhol, publicada a 24 de Dezembro de 2018

Reivindicações operárias e direitos democráticos

Quase 4 milhões de trabalhadores vão ser imediatamente beneficiados pelos decretos aprovados pelo Conselho de Ministros, a 21 de Dezembro.

Os acordos aprovados incluem um aumento de 22,3% do salário mínimo, que afecta 1 milhão e trezentos mil trabalhadores (dos quais, 2/3 são mulheres), um aumento de 2,5% para os funcionários públicos de todas as administrações (que chega a 2,75%, em média, com os subsídios adicionais). A isto junta-se o anúncio do restabelecimento do IPC (Índice de Preços no Consumidor, ou seja, a inflação – NdT) para o cálculo da subida das pensões, a partir de 2019, que afecta 11 milhões de pensionistas. Continuar a ler