A mundialização da revolta dos povos

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Do Líbano ao Chile, da Argélia ao Equador, na “velha” Europa, em Hong Kong e no Iraque, as massas populares irrompem no cenário político de forma explosiva. A razão essencial destas mobilizações é a resistência à política de guerras, de ataque aos direitos sociais, de privatizações, impulsionada pelo sistema imperialista para sair da sua própria crise.

Em 1930, num mundo convulsionado pelo colapso da Bolsa de Nova Iorque, de Outubro de 1929, Leão Trotsky escrevia no prefácio da sua História da Revolução Russa: “A irrupção das massas no terreno em que se resolve o seu próprio destino (…), com os acontecimentos a encadearem-se, não segundo um plano acabado de transformação social, mas com base na amarga sensação de não poderem tolerar por mais tempo o antigo Regime”.

Hoje, trata-se de todo o Regime da propriedade privada dos grandes meios de produção, na sua etapa imperialista, que se torna intolerável para as massas. Como dizia Marx, é a “velha toupeira” que continua cavando o subsolo, até ao momento, imprevisível, em que o terreno desaba. Continuar a ler

Argélia: A rejeição!

Manif_Argélia

No cartaz: “Vai-te embora. Todos pela mudança.”

Transcrevemos uma Nota de Lucien Gauthier, publicada no semanário do Partido Operário Independente (POI) francês, Informations Ouvrières (Informações operárias), nº 543, de 5 de Março, sobre a situação pré-revolucionário que existe na Argélia.

Nos últimos dias, muitos milhões de argelinos têm desfilado pelas ruas do país contra um quinto mandato do actual Presidente da República.

Se este é o ponto de partida da mobilização, ela expressa mais profundamente uma rejeição do Regime, uma rejeição da política posta em prática, em particular nos últimos anos, que empobreceu consideravelmente a população argelina.

Nestas manifestações – que surgem no leste, no oeste, no sul e no norte do país – os manifestantes, entre os quais há uma massiva presença de jovens, expressam a sua vontade de viver num país livre e soberano. Continuar a ler