
Fachada da sede do PCP, na cidade da Guarda.
Foi noticiado no semanário Expresso, de 1 de Junho: «Sedes do PCP vandalizadas, elementos da extrema-direita dão os “parabéns aos autores”.»
Os autores deste ataque não escondem a sua ameaça, ao descreverem os seus actos com o título «Visita às sedes do PCP». Se puderem irão certamente mais longe, contra o PCP e contra todas as organizações defensoras do 25 de Abril e das suas conquistas, em particular as organizações sindicais. Tudo tem um começo…
Nesta altura, fazem-no contra o PCP porque podem tirar partido da linha oficial dominante que procura, a todo o custo, impor o pensamento único, de apoio ao imperialismo norte-americano e à NATO, o seu instrumento de domínio e opressão dos povos em várias regiões de todo o mundo.
A associação POUS considera que nunca é demais relembrar o artigo 7º da Constituição da República, fundamento das Relações Internacionais que devem nortear a acção do Estado português:
“Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.”
Juntando-se a todos quantos defendem este tipo de acção e afirmam que é preciso parar o derramamento de sangue, conseguir o diálogo e a negociação para pôr fim à guerra na Ucrânia, a associação Política Operária de Unidade Socialista (POUS) solidariza-se com o PCP – apesar das diferenças políticas que tem com este partido – e considera ser imperativo de todas as organizações que se reclamam da Revolução de Abril assumirem a condenação e o repúdio dos actos contra uma Organização atacada por se opor às políticas e aos instrumentos de manutenção da guerra.
Lisboa, 4 de Junho de 2022
O Secretariado da POUS