O povo trabalhador deu a vitória a Lula: e agora?

Com quase 51 por cento dos votos, o povo brasileiro deu a vitória a Lula, o principal líder do Partido dos Trabalhadores. A partir de agora, a defesa do resultado eleitoral perante as acusações de Bolsonaro fará parte da nova situação política que se está a abrir.

Em qualquer caso, esta vitória irá sem dúvida melhorar as condições para alcançar as principais reivindicações das populações.

Ao longo de toda a campanha surgiu como uma necessidade absoluta pôr fim às contra-reformas das anteriores presidências de Bolsonaro e de Temer.

Em particular a necessidade de aumentos salariais, o restabelecimento dos programas de ajuda à habitação social, de subir os orçamentos para a Saúde e a Educação, e de todas as medidas necessárias para pôr fim à situação dos mais de 30 milhões de cidadãos que passam fome. Questões que são inseparáveis do fim da privatização das empresas estratégicas e da contra-reforma do Sistema público de pensões de aposentação.

É necessária a mobilização dos trabalhadores e das suas organizações

O novo Governo vai enfrentar a dificuldade de estabelecer uma maioria parlamentar. Sem dúvida, nenhum avanço será alcançado sem a mobilização dos trabalhadores e das suas organizações.

Nos próximos dias iremos publicar o balanço que farão os nossos camaradas de “O Trabalho”, corrente interna do Partido dos Trabalhadores (PT) e Secção da 4ª Internacional no Brasil.

Estado espanhol: A Coroa, o Governo e as massas

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A 18 de Fevereiro, o Rei convocou o Conselho de Ministros para o seu Palácio da Zarzuela, em virtude dos poderes que lhe são conferidos pela Constituição de 1978 como primeira autoridade estatal por via de sucessão – um facto extraordinário, a segunda vez desde o actual Rei ter sido entronizado… depois do seu pai se demitir, enleado em múltiplos escândalos de corrupção.

O Governo, de acordo com o seu porta-voz, “informou” o Rei sobre a sua política e os seus planos (sem outros comentários). Para dizer as coisas de maneira clara, as instituições herdadas do regime de Franco não desistiram, pelo contrário, de colocar o Governo sob tutela, ou melhor, de lhe indicar linhas vermelhas. Continuar a ler