Brasil: Urge deter a escalada do genocida!

A velocidade no crescimento do número de contaminados e mortos, no número de desempregados e desamparados, no número de famintos e nos ataques à democracia exaspera o povo.

Na escalada da pandemia, o país esta à beira dos 300 mil mortos e o Governo genocida continua sem garantir vacina e testagem e sem investir na abertura de camas hospitalares. Os hospitais estão em colapso e pessoas morrem em casa ou nas filas de espera por uma cama.

Na escalada do desemprego, as multinacionais fecham as suas instalações a seu bel prazer, pequenas e médias empresas e comércio vão à falência. Os trabalhadores que ainda têm o seu posto de trabalho são submetidos à perda de direitos e estão sujeitos a trabalhar sem que lhes forneçam qualquer segurança sanitária e, muitas vezes, até contaminados.

Na escalada do preço dos alimentos básicos a fome ronda os lares das famílias trabalhadoras. Nos últimos 12 meses, o preço do óleo de soja subiu 87,89%, o do arroz 69,80%!

Em desenfreada escalada no seu autoritarismo obscurantista, este Governo genocida é responsável por um crescimento de 285% do número de inquéritos baseados na Lei de Segurança Nacional, herdada da ditadura militar.

Como colocar um travão nisto?

O passado dia 10 de Março mostrou quem pode e que tem a responsabilidade de fazê-lo. Com os seus direitos políticos restituídos, depois do ministro Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) – com cinco anos de atraso (!!!) – ter declarado a incompetência da 13ª Vara da Lava Jato de Curitiba, que o julgou e condenou, Lula falou à nação. Independentemente de estarmos de acordo com tudo o que ele disse, o facto relevante é que a sua fala, e as reações que provocou, mostram que há um caminho, uma alternativa para tirar o país desta situação trágica.

Lula disse, e tem razão, que este Governo não pode continuar. E não pode mesmo, nem mais um dia!

Para que ele não continue, o que deve ser feito e quem deve dar a largada?

O povo trabalhador do vizinho Paraguai, numa explosão espontânea desde o início de Março, está nas ruas a exigir o fim do Governo. Lá, como cá, o Congresso garante a continuidade do Governo, mas o povo não abandona as ruas.

Ao falar à nação, Lula realça a responsabilidade do PT para dar a largada na luta, na mobilização popular, pelo fim do governo de Bolsonaro. Apesar das dificuldades impostas pela pandemia, as explosões populares são inevitáveis diante da asfixia dos povos. É o que mostra o Paraguai e outros povos (da Birmânia, da Palestina,…).

No Brasil, cada dia a mais deste Governo são 3000 brasileiros mortos: vacina para todos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), testagem em massa, reabertura de hospitais!

Cada dia a mais deste Governo genocida, são milhões de desamparados e desempregados: auxílio de 600 reais (cerca de 100 euros); nenhum despedimento!

Com cada dia de estadia do genocida no Planalto, serão milhões de famintos: tabelamento (fixação) dos preços máximos dos alimentos!

São algumas das necessidades urgentes das massas trabalhadoras e oprimidas, que o Diálogo e Acção Petista propõe para que o PT dê a largada, apele à mobilização popular, para nenhum dia a mais a este Governo! Para que o PT esteja ao lado do povo, consolidando- se como a alternativa capaz de abrir uma saída, que não virá do Congresso, do STF, destas instituições e com os partidos “da ordem”, responsáveis pela tragédia que assolou o país.

Mãos à obra PT! Ainda é tempo!

———————————

(1) O “Diálogo e Acção Petista (DAP)” é um movimento de base do Partido dos Trabalhadores que combate para que o PT retome o caminho das suas origens.

Editorial do jornal “O Trabalho” – cuja publicação é da responsabilidade da Secção brasileira da 4ª Internacional (corrente do PT) – na sua edição nº 881, de 18 de Março de 2021.

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s