
Jeff Bezos, dono da Amazon e homem mais rico do mundo, viu a sua fortuna aumentar cerca de 70 mil milhões de dólares, entre Março e Novembro de 2020
De acordo com o Instituto de Estudos Políticos, que analisou a fortuna dos 650 norte-americanos mais ricos, entre 18 de Março e 24 de Novembro de 2020, 29 multimilionários viram a sua riqueza duplicar desde Março.
De acordo com os autores do Relatório, esta subida parece estar directamente relacionada com a pandemia.
Este é particularmente o caso de Jeff Bezos, o dono da Amazon, que viu a sua fortuna aumentar em quase 70 mil milhões de dólares entre Março e Novembro.
O dono da Tesla, Elon Musk, que se tornou neste mês o segundo homem mais rico do mundo, passando à frente de Bill Gates, é uma ilustração clara desta tese. A sua ascensão meteórica na classificação das grandes fortunas está ligada à subida exponencial do valor das acções da Tesla na Bolsa de Wall Street, que aumentou 500% desde o início do ano e vale agora 495 mil milhões de dólares. O que permitiu a Elon Musk ganhar 100 mil milhões de dólares no mesmo período.
Estes números exorbitantes devem ser colocados em paralelo com o desenvolvimento de desemprego endémico nos EUA. A título de exemplo, em Outubro de 2020 mais de 11 milhões de norte-americanos foram considerados como estando desempregados – o dobro das estimativas de Fevereiro, antes do início da pandemia nesse país.
Nota de Pierre Demale, publicada no semanário francês “Informations Ouvrières” – Informações operárias – nº 633, de 2 de Dezembro de 2020, do Partido Operário Independente de França.
Corrida à vacina agrava fosso entre ricos e pobres. Os primeiros já garantiram 9 mil milhões de doses, os restantes podem esperar anos
Esta é outra face “escondida” da pandemia. O semanário Expresso (de 4 de Dezembro de 2020) cita um estudo de peritos do Fundo Monetário Internacional (FMI) – gente bem documentada!, que tira a seguinte conclusão: “Mais de 80% das doses de vacinas anti-Covid foram compradas por governos que representam apenas 14% da população global. A maioria das pessoas nos países pobres vai ficar à espera da vacina até 2024, se os países mais ricos continuarem a praticar aquilo a que muitos já chamam «vacinacionalismo»”.
O imperialismo ainda não “morreu”…