Louisa Hanoune é a Secretária-geral do Partido dos Trabalhadores argelino, eleita deputada desde 1997, que se encontra presa desde o passado dia 9 Maio. Foi chamada a testemunhar pelo Tribunal militar de Blida e já de lá não saiu. É uma presa política. É a 3ª ou 4ª vez que a prendem. Foi a 1ª mulher a candidatar-se à Presidência da República no mundo árabe. Tem sido uma intrépida defensora da igualdade de direitos da mulher. Ela luta, com o povo argelino, pela instauração de um Regime que respeite a vontade do povo. Ela foi contra a 5ª candidatura consecutiva do então presidente Bouteflika. Ela preconiza – como solução para ultrapassar a crise política argelina – a eleição de uma Assembleia Constituinte livre, democrática e soberana, e pelo fim do Regime…
A partir daí começaram as perseguições, que culminaram na sua prisão.
Um outro preso político (o Dr. Kamel Eddine Fekhar, responsável da Liga dos Direitos do Homem argelino) morreu na prisão (no dia 28 de Maio) por lhe ter sido negado tratamento médico.
Louisa Hanoune perdeu 8 kg num mês. A sua saúde está-se a deteriorar.
É preciso tirá-la quanto antes da prisão.
Por isso, está a ser desenvolvida uma campanha internacional em 75 países, articulada pelo AIT (Acordo Internacional dos Trabalhadores e dos Povos), pela sua libertação imediata.
O vídeo mostra a jornada levada a cabo (a 20 de Junho) em Portugal, até agora o único país do mundo em que o Parlamento exigiu a sua libertação imediata, com os votos favoráveis do BE, do PCP, dos Verdes e do PAN, e a abstenção do PS, do PSD e do CDS.