Unidade em defesa das conquistas sociais de Abril

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Mesa da reunião-debate da Marinha Grande, de 12 de Janeiro de 2019.

No dia 15 de Fevereiro centenas de milhar de trabalhadores ao serviço do Estado e do país paralisaram, ao apelo histórico de todos os sindicatos ligados às duas Centrais sindicais.

É uma greve geral pela actualização dos salários (congelados há perto de dez anos) e pelo reconhecimento das carreiras profissionais. Dentro das razões que confluem nesta mobilização estão lutas de trabalhadores de sectores com reivindicações específicas, como os professores do continente, a quem o Governo recusa contar a totalidade do tempo de serviço para a sua reposição, no respectivo escalão profissional; na mesma situação estão outros sectores, como os oficiais de Justiça ou os guardas prisionais.

Uma greve que engloba ainda todo o pessoal da Saúde e, portanto, também o sector dos enfermeiros especializados, imprescindíveis nos blocos operatórios, que – encurralados pelo Governo que, teimosamente, recusa atribuir-lhes uma actualização salarial de acordo com a sua especialidade – decidiram fazer uma greve, respeitando os serviços mínimos, para impor a satisfação das suas reivindicações.

O Governo responde com o anúncio de uma nova injecção de capital público no Novo Banco, que pode ultrapassar os mil milhões de euros, e com a bomba atómica da requisição civil, medida condenada pelas duas Centrais sindicais.

Esta greve geral vem, aliás, na esteira de várias mobilizações sectoriais dos funcionários públicos (como os professores, os médicos e todos os enfermeiros).

Os enfermeiros especializados vêem agora a sua greve atacada com boatos e calúnias, como o financiamento ilegal e o não cumprimento dos serviços mínimos.

Uma intensa campanha mediática tem sido orquestrada para tentar denegrir e caluniar estes enfermeiros e as suas reivindicações.

É crescente, no entanto, o descontentamento dos trabalhadores com este Governo, que tem vindo a assumir uma série de tomadas de posição contra os interesses da maioria do povo português.

Ao escolher que os trabalhadores da Função Pública devem pagar pela incompetência dos banqueiros, este Governo escolhe o lado que não é o dos seus eleitores e não é de grande parte dos militantes do Partido Socialista.

O Serviço Nacional de Saúde e a liberdade sindical são duas das mais importantes conquistas da Revolução de Abril, conquistas que foram obtidas com o empenhamento e a participação importante dos militantes do PS e que, agora, este Governo ignora e despreza, com os ataques às carreiras profissionais, ao direito à greve e com o desmantelamento dos serviços públicos, resultante da política de descentralização – partilhada pelo PSD e com a bênção do CDS.

Com o objectivo de ajudar à resistência dos trabalhadores e das populações, militantes de várias sensibilidades políticas e dirigentes sindicais têm-se reunido para debater e alargar, a nível do país, iniciativas em defesa das conquistas sociais de Abril, nomeadamente do Serviço Nacional de Saúde e da Escola Pública.


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