Reino Unido: O governo de May está em risco de cair

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Theresa May depois de ter sofrido uma moção de censura do seu partido no Parlamento (Câmara dos Comuns), à qual sobreviveu, faz face agora a uma nova moção de censura apresentada pelo Partido Trabalhista. Trata-se de uma situação de desequilíbrio que só está a acentuar a crise da União Europeia e dos governos dos seus países-membros.

Transcrevemos uma Nota da autoria de Lucien Gauthier, saída no semanário Informations ouvrières (Informações operárias) nº 533, de 12 de Dezembro, órgão de imprensa do Partido Operário Independente (POI), e publicada ainda antes da apresentação destas moções de censura.

Tudo estava acertado. O Governo britânico e a Comissão Europeia tinham finalizado um acordo sobre o Brexit, que devia ser submetido ao Parlamento do Reino Unido a 11 de Dezembro.

Catrapuz!

Na véspera, perante a revolta dos deputados – em particular, do seu próprio campo – e a impossibilidade de conseguir uma maioria no Parlamento, Theresa May adiou a votação e pediu à Comissão Europeia uma nova negociação. Contudo, a Comissão considerou que não havia nada a renegociar.

Como é seu hábito, Trump declarou que continua a ser favorável a um Brexit duro, ou seja, sem acordo com a União Europeia.

A cinco meses das eleições para o Parlamento Europeu, as instituições da União Europeia desmoronam-se cada dia um pouco mais.

Todos os governos dos seus Estados-membros estão em crise. Na Alemanha, a posição muito fragilizada de Merkel leva a uma paralisia, enquanto no seio do SPD se exprime, cada vez mais, a exigência de ruptura com a Grande Coligação.

A 10 de Dezembro, foi declarada uma greve nacional dos ferroviários, visando pesar nas negociações salariais nas quais os sindicatos exigem um aumento de 7,5%. É sintomático que, em Nuremberga, na sua manifestação os sindicalistas ferroviários tenham vestido coletes amarelos. A revolta da população em França já obrigou o governo de Macron a recuar sobre uma série de questões e torna menor a sua capacidade para “reformar” o sistema de pensões de aposentação e do subsídio de desemprego.

Depois da União Europeia ter emitido uma opinião negativa sobre o Orçamento italiano – por não reduzir suficientemente o défice público – ela anunciou agora que aceita o aumento do défice da França, que decorre da comunicação televisiva de Macron.

As cúpulas da União Europeia estão em pânico pela situação que se desenvolve em França, a qual agudiza ainda mais a crise em toda essa União.

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