Sem trégua, chegou a hora de derrotar o golpe!

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A duas semanas das eleições de 7 de Outubro, a candidatura de Fernando Haddad – do PT, como representante de Lula – emerge com força para passar à 2ª volta e impor a derrota aos golpistas.

A decisão de lançá-lo como candidato a Presidente, em prévio acordo com o PCdoB (1), com a deputada Manuela D’Ávila na Vice-Presidência, foi amadurecida na Direcção do PT, em discussão com Lula, para – por causa da perseguição judicial, e uma vez esgotados vários prazos de recurso – não ficar de fora destas eleições em que se pode derrotar o golpe.

Sim, porque em vários aspectos, o processo eleitoral já vinha sendo objecto de fraude, desde antes, com Lula preso, impedido de dar entrevistas, de designar representante aos debates e até de se expressar livremente na propaganda eleitoral de rádio e TV.

Mas o tiro dos golpistas está a sair pela culatra!

Em poucos dias, começou a realizar-se nas ruas – e vê-se nas sondagens – a transferência da preferência do favorito, Lula, para Haddad, graças principalmente ao empenhamento decidido dos militantes do PT.

Só se espanta com essa transferência quem, como os barões da Comunicação Social, não quis ver o desastre provocado pelo odiado Governo do golpe (o desemprego, a precarização, as privatizações e a degradação provocada pelos cortes), política combatida em conjunto com os sindicatos e os movimentos, por Lula e o PT, que cresceram e se recuperaram neste processo.

Há generais que sabem disso muito bem, e se articulam, extrapolando as suas funções, para manietar o processo eleitoral, tentando tutelá-lo. O “mercado”, o capital financeiro, também sabe, sobe o tom e chantageia o PT para arrancar-lhe concessões, de modo a confundir os eleitores.

Ambos, generais e capitalistas, completam-se nas pressões para levar a candidatura do PT a uma despropositada “guinada ao centro”. Algo que, enfim, lhes restituísse as horas de sono perdidas…

Mas a militância do PT não vai deixar-se cegar pela xenofobia do candidato da extrema-direita (Bolsonaro), para cair na armadilha de abandonar a demarcação em relação a todos os candidatos golpistas na 1ª volta, reafirmando a anulação das medidas do seu Governo comum – o governo de Temer – e procurar, através da democracia, refundar as instituições podres e responder às aspirações do povo.

É o melhor meio, agora, de sustentar a ascensão e a vitória na 2ª volta!

Muitos simpatizantes de Ciro Gomes (2) – o qual, diferenças à parte, foi contra a destituição (de Dilma Rousseff) – podem entender a importância de dar corpo, desde já, a candidatura que melhor significa a derrota do golpe, a candidatura de Haddad, do PT, a única com inserção social e presença nacional para efectivamente derrotar os golpistas.

Os apoiantes de Boulos (3) – que, respeitadas as diferenças, em geral esteve ao lado de Lula na resistência à prisão – podem e devem entender que esta não é uma eleição com um debate “normal”, pois logo na 1ª volta estão em jogo a democracia e os direitos destruídos pelos golpistas!

A militância do PT tem a tarefa de fazer tudo o que está ao seu alcance antes da 1ª volta, percorrer os campos e as ruas dos bairros, em conjunto com os seus candidatos a deputados estaduais e federais, a senador e a governador, para informar e explicar a todos que Haddad é Lula.

Que não vai haver trégua. Que chegou a hora de derrotar o golpe.

Que se está a juntar a força anti-imperialista de massas que dará porte ao governo do PT para convocar a Constituinte, prevista no Plano de Governo de Lula.


(1) Partido Comunista do Brasil, de origem maoísta.
(2) Ciro Gomes, candidato à eleição presidencial pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Partidário da “reforma” das pensões de aposentação.
(3) Guilherme Boulos, candidato à eleição presidencial pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

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