Todos juntos!

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Os professores mostraram a sua determinação, permanecendo nas suas escolas e inviabilizando, de forma sistemática, as reuniões da avaliação dos alunos, apesar do cansaço e das enormes dificuldades.

Os enfermeiros exigem retomar o seu horário de trabalho de 35 horas, a partir de 1 de Julho, aliás uma promessa que constava do próprio programa do Governo. Mas a inexistência de autorização, até esta data, para novas contratações, obrigará as administrações hospitalares a ter que reduzir serviços, incluindo cirurgias, e recorrer a múltiplas horas extraordinárias destes profissionais da Saúde, numa situação que já se vinha degradando e cuja gravidade leva muitos hospitais à impossibilidade de cumprirem as suas funções básicas.

A Ordem dos Médicos toca o alarme, enquanto a Direcção do Sindicato Independente dos Médicos enviou uma mensagem à FENPROF, saudando a luta dos professores e afirmando que uns e outros tinham o mesmo objectivo, com as suas mobilizações – a defesa do SNS e da Escola Pública.

Pelo seu lado, os trabalhadores dos tribunais não asseguraram os serviços judiciais, durante vários dias do mês de Junho, para exigir o descongelamento da sua carreira profissional. Isto, após a Direcção do seu sindicato e a Direcção do Sindicato dos profissionais da polícia terem reunido com a Direcção da FENPROF para exigir ao Governo uma resposta positiva para essa mesma reivindicação.

No sector privado preparam-se novas formas de acção para impedir a perda de direitos consignados nos acordos colectivos (é o caso na GALP), ou para impor o respeito pela legalidade (de que constitui um caso exemplar a greve dos trabalhadores portugueses, em conjunto com outros europeus, da companhia de aviação Ryanair).

Estas iniciativas têm tido lugar durante um período em que a CGTP concentrou dirigentes e activistas sindicais diante da Assembleia da República (AR), dirigindo-se aos deputados do PS para que não aprovem o Acordo assinado em sede de Concertação Social, cujo conteúdo é a manutenção agravada do trabalho precário e do ataque à contratação colectiva.

Mas não será a concentração dos trabalhadores de todos os sectores diante da AR, assente na unificação das suas lutas, ao apelo da CGTP e de todas as outras organizações que os representam, que permitirá um salto qualitativo na capacidade das classes trabalhadoras, obrigando a maioria parlamentar aí existente à votação de uma política ao serviço do povo e do país?

Aquilo a que aspira e quer o povo trabalhador que votou PS, PCP, BE e Verdes – com os quais são aprovados os orçamentos do Estado – é uma política de desenvolvimento assente em postos de trabalho com direitos, em serviços públicos de qualidade, de revogação das leis anti-laborais, a começar na caducidade da contratação colectiva. Mas esta maioria do povo começa também a procurar os meios de acção para impor a sua vontade.

Ao fazê-lo, integra-se na luta de milhões de trabalhadores dos outros países – em particular dos países europeus – para preservar direitos e conquistas que os seus governos estão a atacar e a pôr em causa.

Procurar os meios de acção que ajudem a ligar militantes e quadros do movimento sindical e/ou partidário, para a centralização das lutas em cada país, abrindo caminho a governos que apostem na cooperação solidária entre os povos, será o melhor serviço que poderemos prestar à defesa da democracia, da paz e de políticas socialistas.

Carmelinda Pereira

 


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