A mobilização para a libertação dos presos políticos catalães amplifica-se

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Concentração de militantes diante da prisão de Soto del Real, a 30 de Abril.

A 30 de Abril, 260 militantes nacionalistas catalães deslocaram-se às três prisões da região de Madrid onde estão encarcerados 9 militantes e responsáveis nacionalistas. Todos foram eleitos. A 27 de Abril, eles tinham iniciado uma digressão de 800 quilómetros, desde o Parlamento da Catalunha até às prisões de Estremera, Soto del Real e Alcal-Meco.

Estes militantes eram portadores de uma reivindicação que faz a unidade da imensa maioria da população catalã e que se está a alargar nos diversos povos do Estado espanhol e, em particular, na classe operária. Com efeito, a libertação dos presos políticos ultrapassa todas as clivagens que possam existir em relação à questão catalã, inclusive o direito à autodeterminação.

Houve dois elementos que foram determinantes. Em primeiro lugar, a evidência de que o aparelho judicial da Monarquia(1) ataca, de igual modo, os direitos dos povos e dos trabalhadores. Em segundo lugar, o facto da grande manifestação de 15 de Abril – que juntou mais de 300 mil pessoas a desfilar em Barcelona pela libertação dos presos – ter tido o apoio das Centrais sindicais maioritárias (UGT e CCOO) e de, apesar da ofensiva do aparelho de Estado e dos órgãos da Comunicação social (com os seus seguidores nessas organizações), as Comissões executivas confederais terem apoiado o direito das suas estruturas a participar na manifestação.


  1. Os métodos arbitrários do aparelho judicial franquista ficaram bem patentes em episódios recentes – a prisão de 9 jovens, acusados de serem “terroristas” por terem provocados distúrbios numa discoteca em Alsasua (Navarra); a não condenação do grupo (“La Manada”) de violadores de uma jovem, de que faziam parte um guarda civil e um militar – que tiveram uma resposta de centenas de milhares de pessoas a manifestarem-se em Pamplona. E, ao mesmo tempo, continua a haver sindicalistas perseguidos e condenados a prisão por ousarem organizar piquetes de greve, bem como ataques sistemáticos às liberdades e aos

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