Algumas questões após um golpe fracassado
(Artigo traduzido do semanário Informações Operárias, de 20 de Julho, editado pelo Partido Operário Independente, de França)
“Uma bênção de Deus. Agora nós temos um motivo para limpar o nosso Exército”
(presidente Erdogan, algumas horas depois do golpe militar)
Na sexta-feira à noite, às 22h15, alguns destacamentos militares da polícia, unidades de tanques e da aviação cortam as pontes do estreito de Bósforo em Istambul, ocupam a televisão estatal, atacam a sede do Parlamento, em Ankara, e outras instalações oficiais, bem como a residência de veraneio de Erdogan, em Marmaris.
Às 0h26, Erdogan apela a população a enfrentar os golpistas.
Dezenas de milhares de homens bloqueiam, então, as tropas; os soldados parecem desorientados. Enquanto isso, um comunicado dos golpistas anuncia um vago objectivo: defender a Constituição.
Quatro horas mais tarde, ao início da manhã, Barak Obama condena o golpe e oferece o seu apoio explícito ao governo de Erdogan. Putin, os governos europeus e as instituições de Bruxelas (União Europeia) corroboram esse apoio. Ao meio-dia de sábado, o golpe parece já completamente fracassado, os últimos rebeldes, sitiados no quartel general de Ankara, rendem-se. (Continuar a ler)
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