Depois de dez dias de bombardeamentos, o Governo israelita iniciou, a 17 de Julho, uma ofensiva terrestre contra a Faixa de Gaza.
O Exército israelita declarou que estão implicados “a Infantaria, os Regimentos de blindados, o Corpo de Engenheiros, a Artilharia e os Serviços secretos, com o apoio das Forças aéreas e navais”. Desde aí, o Exército israelita bombardeou a Faixa de Gaza, de maneira intensiva, por via terrestre, marítima e aérea.
O povo palestiniano está, de novo, a ser vítima de um massacre: mais de 700 mortos pelos bombardeamentos e milhares de feridos desde que os tanques de guerra entraram na Faixa de Gaza – uma zona superpovoada, onde habitam 1,8 milhões de palestinianos.
O Presidente dos EUA, Obama, declarou que Israel “tem direito a defender-se”. Fazem coro com ele a ONU e os governos dos países da União Europeia (1).
É todo um povo que está a ser massacrado. Obama e os governos da União Europeia são cúmplices da agressão. Há que detê-los.
Perante a urgência desta situação, a primeira responsabilidade dos partidos – que, historicamente se reclamam da defesa dos trabalhadores e da democracia – é apelar à mobilização unida dos trabalhadores e dos democratas do seu país para exigir a paragem imediata e sem condições da intervenção militar e a retirada das tropas sionistas de Gaza.
O POUS (Secção portuguesa da IV Internacional) denuncia o papel cúmplice dos governos europeus e ocidentais que não representam a vontade dos povos. Basta de colaboração! Exijamos a ruptura imediata de relações com o Estado sionista de Israel!
Prestamos homenagem à tenaz resistência do povo palestiniano contra a agressão. Apoiamos e saudamos as mobilizações nos países árabes – e também no resto do mundo – de trabalhadores e de cidadãos que, com a juventude na primeira linha, se opõem a este crime perpetrado por aqueles que querem converter os Palestinianos em prisioneiros na sua própria terra, mantendo o regime de apartheid que é encabeçado pelo Governo sionista de Israel.
Fazemos um apelo a todas as forças políticas, aos sindicatos e a todos quantos se reclamam da democracia para que tomem as iniciativas necessárias para deter este massacre.
Também em Portugal há que unir as forças do movimento operário para defender a Palestina e impedir a cumplicidade do governo PSD/CDS com os dirigentes que massacram a Faixa de Gaza.
O Secretariado do POUS
Lisboa, 24 de Julho de 2014
(1) A 23 de Julho, o Conselho de Direitos Humanos da ONU – composto por representantes de 47 países – abriu uma investigação sobre a ofensiva israelita em Gaza, com 29 votos a favor (países árabes e muçulmanos, latino-americanos e africanos, assim como a Rússia e a China). Os EUA votaram contra e os países europeus abstiveram-se.